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Top Down X Bottom Up

8 de abril de 2021 - 10H00
Top Down X Bottom Up

Existem dois principais modelos gerenciais: top down e bottom up. O primeiro representa um olhar do topo para a base da empresa, enquanto o outro refere-se a uma visão da base para o topo.

Essa metodologia tem aplicação nos mais variados campos: engenharia de software, psicologia, humanística, marketing e, principalmente, na gestão de organizações, entre outros.

Quer saber mais sobre? Continue lendo nosso artigo!

 

Top Down X Bottom Up

 

Tempo de leitura: 5 minutos

O que você vai ler:

Qual a diferença entre top down e bottom up?

Top down

Bottom up

Abordagens top down e bottom up e suas aplicações

Conclusão

 

Qual a diferença entre top down e bottom up?

 

O sucesso das abordagens depende das suas decisões diárias. Quando bem feitas, geram ganhos e elevam a receita da empresa. A questão é: de que ponto de vista essas decisões são analisadas? Do topo para base ou da base para o topo?

Até pouco tempo, o modelo top down era predominante. Nele, as decisões são tomadas pela alta administração e repassadas aos funcionários, que deveriam cumpri-las. A estratégia da empresa também era criada ao analisar seu cenário mais amplo, deixando em segundo plano aspectos mais específicos, como a competência da força de trabalho. Portanto, as decisões e as estratégias desse modelo são tomadas a partir do topo e depois colocadas para os colaboradores executarem. 

Ao contrário, o modelo bottom up parte da base e vai até o topo. Ele representa o fluxo oposto e tem ganhado mais espaço nos negócios atualmente. É uma estratégia predominante em empresas de tecnologia e agências criativas, por exemplo, que precisam de mais velocidade e aceitam assumir uma maior margem de erro ao longo dos seus processos. Assim, muita coisa começa na base. Portanto, você deve entender bottom up como um modelo gerencial menos hierarquizado.

 

Top down

 

Vantagens

A principal vantagem de uma gestão top down certamente é a uniformidade que ela proporciona aos processos em geral. Além disso, uma grande referência comum entre todos os diferentes setores e profissionais favorece a compatibilidade das atividades realizadas, o que ajuda a agregar solidez ao negócio. Algumas outras vantagens importantes são: consistência nos processos executados, tomada de decisão ágil, mudanças menos frequentes, controle de trabalhar com orçamentos previamente definidos.

 

Desvantagens

A maior desvantagem do modelo top down são as maiores chances de desarmonia entre o topo e as bases, um problema que pode se originar de diferentes formas como: definição de objetivos confusos ou inalcançáveis, condições de trabalho ruins e pouco empenho dos gestores para promover melhorias, implementação de processos sem a devida orientação e capacitação dos colaboradores, problemas de comunicação e baixo engajamento. Além disso, a abordagem top down, por seu caráter comumente fechado, por vezes se revela bastante inflexível, o que é capaz de gerar um desgaste generalizado das equipes de trabalho.

 

Bottom up

 

Vantagens

O envolvimento de pessoas e setores distintos permite que as relações entre todos da equipe sejam beneficiadas, ou seja, há um impacto muito positivo no clima organizacional. Além disso, o olhar amplo no qual diferentes perspectivas são compartilhadas é capaz de tornar as ações tomadas por uma empresa muito mais ricas e construtivas. Algumas outras vantagens desse modelo são: maior satisfação e engajamento dos funcionários devido ao seu caráter democrático, menos conflitos, análises mais completas e realistas, rápida detecção de problemas e maior flexibilidade na gestão.

 

Desvantagens

Embora o modelo bottom up apresente uma visão mais integrativa, seus parâmetros podem trazer alguns desafios para a gestão como: a tomada de decisões e a realização de ajustes é mais lenta, é necessário maior investimento em comunicação interna e endomarketing. Além disso, a valorização dos colaboradores é capaz de promover resultados distintos, incluindo desfechos problemáticos como competição e rivalidade, desgaste por trabalho excessivo ou exigências fora do alcance da empresa.

 

Abordagens top down e bottom up e suas aplicações

 

Psicologia

Na psicologia, esses conceitos são utilizados para designar os sistemas que estimulam o cérebro e, consequentemente, influenciam o comportamento de um indivíduo. O bottom up é o sistema inconsciente responsável pelas emoções (dores, desejos e prazeres) e se caracteriza pela constante busca por recompensas imediatas. O top down é o sistema consciente ou racional, no qual a mente conduz o comportamento de maneira deliberada.

 

Marketing de conteúdo

Os modelos top down e bottom up também podem ser adotados no Marketing de Conteúdo, principalmente na produção de materiais informativos. Um ótimo exemplo é a reutilização de conteúdo, prática que consiste na disponibilização de peças publicadas em outros formatos de consumo. Nesse caso, o modo top down consiste na decomposição de materiais ricos (como e-books e cursos) em materiais menores (blog posts ou vídeos para o YouTube). O exato oposto é o modo bottom up que se resume em reunir conteúdos mais simples e incorporá-los em um material maior.

 

Engenharia de software 

Na engenharia de software, todo sistema é composto por vários subsistemas que, por sua vez, contêm uma série de componentes integrados. O modelo top down aplicado nesse contexto considera todo um sistema de software como uma entidade para, então, o decompor em seus diferentes subsistemas e definir as funções mais específicas. Já na abordagem bottom up, inicia-se pelos componentes mais básicos e segue-se um desenvolvimento construtivo até que todo o conjunto seja arquitetado.

 

Conclusão

 

As metodologias top down e bottom up permitem adotar uma estratégia de gestão muito mais eficiente de acordo com os propósitos, as características do negócio e as circunstâncias de cada empresa. Em geral, uma gestão de cima para baixo costuma facilitar a realização de contratos, fechamento de parcerias ou a resolução de problemas pontuais. 

Porém, é um modelo que está mais sujeito a erros e conflitos, o que exige uma vigia constante por parte dos gestores. Por outro lado, quando se deseja encontrar soluções colaborativas com efeitos prolongados, a abordagem de baixo para cima é o melhor caminho, mas serão necessárias avaliações e debates mais eficientes e aprofundados. 

Sendo assim, a abordagem do tipo top down é mais interessante para empresas que precisam lidar com decisões rápidas, contenção de danos ou questões comerciais mais complexas. Já o modelo bottom up é recomendável para estratégias de gestão de longo prazo ou modelos de negócio mais flexíveis. Entretanto, isso não é uma regra. Uma companhia pode perfeitamente alternar os seus métodos de gestão de acordo com as necessidades da empresa ou a maturidade do negócio.

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