Existem dois principais modelos gerenciais: top down e bottom up. O primeiro representa um olhar do topo para a base da empresa, enquanto o outro refere-se a uma visão da base para o topo.
Essa metodologia tem aplicação nos mais variados campos: engenharia de software, psicologia, humanística, marketing e, principalmente, na gestão de organizações, entre outros.
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Tempo de leitura: 5 minutos
O que você vai ler:
Qual a diferença entre top down e bottom up?
Top down
Bottom up
Abordagens top down e bottom up e suas aplicações
Conclusão
O sucesso das abordagens depende das suas decisões diárias. Quando bem feitas, geram ganhos e elevam a receita da empresa. A questão é: de que ponto de vista essas decisões são analisadas? Do topo para base ou da base para o topo?
Até pouco tempo, o modelo top down era predominante. Nele, as decisões são tomadas pela alta administração e repassadas aos funcionários, que deveriam cumpri-las. A estratégia da empresa também era criada ao analisar seu cenário mais amplo, deixando em segundo plano aspectos mais específicos, como a competência da força de trabalho. Portanto, as decisões e as estratégias desse modelo são tomadas a partir do topo e depois colocadas para os colaboradores executarem.
Ao contrário, o modelo bottom up parte da base e vai até o topo. Ele representa o fluxo oposto e tem ganhado mais espaço nos negócios atualmente. É uma estratégia predominante em empresas de tecnologia e agências criativas, por exemplo, que precisam de mais velocidade e aceitam assumir uma maior margem de erro ao longo dos seus processos. Assim, muita coisa começa na base. Portanto, você deve entender bottom up como um modelo gerencial menos hierarquizado.
A principal vantagem de uma gestão top down certamente é a uniformidade que ela proporciona aos processos em geral. Além disso, uma grande referência comum entre todos os diferentes setores e profissionais favorece a compatibilidade das atividades realizadas, o que ajuda a agregar solidez ao negócio. Algumas outras vantagens importantes são: consistência nos processos executados, tomada de decisão ágil, mudanças menos frequentes, controle de trabalhar com orçamentos previamente definidos.
A maior desvantagem do modelo top down são as maiores chances de desarmonia entre o topo e as bases, um problema que pode se originar de diferentes formas como: definição de objetivos confusos ou inalcançáveis, condições de trabalho ruins e pouco empenho dos gestores para promover melhorias, implementação de processos sem a devida orientação e capacitação dos colaboradores, problemas de comunicação e baixo engajamento. Além disso, a abordagem top down, por seu caráter comumente fechado, por vezes se revela bastante inflexível, o que é capaz de gerar um desgaste generalizado das equipes de trabalho.
O envolvimento de pessoas e setores distintos permite que as relações entre todos da equipe sejam beneficiadas, ou seja, há um impacto muito positivo no clima organizacional. Além disso, o olhar amplo no qual diferentes perspectivas são compartilhadas é capaz de tornar as ações tomadas por uma empresa muito mais ricas e construtivas. Algumas outras vantagens desse modelo são: maior satisfação e engajamento dos funcionários devido ao seu caráter democrático, menos conflitos, análises mais completas e realistas, rápida detecção de problemas e maior flexibilidade na gestão.
Embora o modelo bottom up apresente uma visão mais integrativa, seus parâmetros podem trazer alguns desafios para a gestão como: a tomada de decisões e a realização de ajustes é mais lenta, é necessário maior investimento em comunicação interna e endomarketing. Além disso, a valorização dos colaboradores é capaz de promover resultados distintos, incluindo desfechos problemáticos como competição e rivalidade, desgaste por trabalho excessivo ou exigências fora do alcance da empresa.
Na psicologia, esses conceitos são utilizados para designar os sistemas que estimulam o cérebro e, consequentemente, influenciam o comportamento de um indivíduo. O bottom up é o sistema inconsciente responsável pelas emoções (dores, desejos e prazeres) e se caracteriza pela constante busca por recompensas imediatas. O top down é o sistema consciente ou racional, no qual a mente conduz o comportamento de maneira deliberada.
Os modelos top down e bottom up também podem ser adotados no Marketing de Conteúdo, principalmente na produção de materiais informativos. Um ótimo exemplo é a reutilização de conteúdo, prática que consiste na disponibilização de peças publicadas em outros formatos de consumo. Nesse caso, o modo top down consiste na decomposição de materiais ricos (como e-books e cursos) em materiais menores (blog posts ou vídeos para o YouTube). O exato oposto é o modo bottom up que se resume em reunir conteúdos mais simples e incorporá-los em um material maior.
Na engenharia de software, todo sistema é composto por vários subsistemas que, por sua vez, contêm uma série de componentes integrados. O modelo top down aplicado nesse contexto considera todo um sistema de software como uma entidade para, então, o decompor em seus diferentes subsistemas e definir as funções mais específicas. Já na abordagem bottom up, inicia-se pelos componentes mais básicos e segue-se um desenvolvimento construtivo até que todo o conjunto seja arquitetado.
As metodologias top down e bottom up permitem adotar uma estratégia de gestão muito mais eficiente de acordo com os propósitos, as características do negócio e as circunstâncias de cada empresa. Em geral, uma gestão de cima para baixo costuma facilitar a realização de contratos, fechamento de parcerias ou a resolução de problemas pontuais.
Porém, é um modelo que está mais sujeito a erros e conflitos, o que exige uma vigia constante por parte dos gestores. Por outro lado, quando se deseja encontrar soluções colaborativas com efeitos prolongados, a abordagem de baixo para cima é o melhor caminho, mas serão necessárias avaliações e debates mais eficientes e aprofundados.
Sendo assim, a abordagem do tipo top down é mais interessante para empresas que precisam lidar com decisões rápidas, contenção de danos ou questões comerciais mais complexas. Já o modelo bottom up é recomendável para estratégias de gestão de longo prazo ou modelos de negócio mais flexíveis. Entretanto, isso não é uma regra. Uma companhia pode perfeitamente alternar os seus métodos de gestão de acordo com as necessidades da empresa ou a maturidade do negócio.
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